Por revista Época - Rodrigo Turrer:
"No Brasil, queremos comer coxinhas"
Nick Jonas, o mais novo dos Jonas Brothers, fenômeno mundial entre a geração tween, diz que também quer comer pão de queijo e andar pelas ruas do Rio e de São Paulo
Nick: "Somos uma família, um time, unidos"
O grupo que mais se aproxima da revolução comportamental e do nível de histeria juvenil provocado pelos Beatles é o trio de garotos americanos Jonas Brothers. Eles chegam ao Brasil nesta semana para duas apresentações: uma no Rio de Janeiro, dia 23, na Praça da Apoteose, e outra em São Paulo, dia 24, no Estádio do Morumbi. Na sequência estreia o filme Jonas Brothers 3D: o Show, em 29 de maio, e o quarto disco do grupo, Lines, Vines and Trying Times, em junho.
Adorados pelas filhas do presidente americano Barack Obama e por milhões de fãs no mundo, os irmãos Kevin, de 21 anos, Joe, de 19, e Nick, de 17, traduzem o pensamento de uma geração de jovens de 6 a 14 anos conhecidos como tweens - e de uma boa parcela de mais velhos também. Nesta entrevista, o principal compositor e porta-voz dos Jonas Brothers, Nick, fala sobre a carreira e as influências, nega qualquer liderança e diz que está louco para comer pão de queijo e coxinha: “Adoramos essas comidas!”
ÉPOCA - Quando você e seus irmãos estão compondo, vocês tentam soar de alguma maneira? O que acha das comparações comas boy bands dos anos 90?
Nick Jonas - Nos vemos com um grupo de pop-rock. Não nos apegamos a coreografias de dança, ou coisas do gênero. Tentamos fazer rock. Somos classificados como boy band por causa da reação das garotas, mas nosso som é rock e pop. Quando começamos a fazer música prestamos atenção em grupos como 'N Sync e Backstreet Boys. Mas nossa inspiração vem muito mais do rock e do pop. Temos muito mais a ver com os Bee Gees, por exemplo. Adoro aquelas harminas, o jeito como se reinventam.
ÉPOCA - Quais as principais influências musicais?
Nick Jonas - Somos influenciados por todas as músicas que nos interessam, e os caras grandes para nós. Somos muito ligados ao som de Elvis Costello, Johnny Cash, Neil Diamond, Bruce Springsteen, mas também adoro o pop feito pelo Prince. O álbum perfeito uniria o suingue do Prince com as letras do Johny Cash. Então, tentamos juntar tudo isso, de maneira original e pessoal, dar o nosso toque àquilo. Os fãs gostam disso, se sentem bem com essa música que fazemos.
ÉPOCA - É verdade que vocês pensaram em fazer um tributo ao Johnny Cash?
Nick Jonas - Sim, gostaríamos de fazer. Se chamaria “Jonas Brothers Pay Tribute to the Man in Black” (Jonas Brothers em tribute ao Homem de Preto, como era conhecido Johny Cash)
ÉPOCA - Pregar valores morais edificantes fazendo um som costumeiramente ligado à rebeldia não é uma incongruência?
Nick Jonas - Não, de forma alguma. A música não o define como pessoa, sua pessoa define a música que você faz. Por isso é importante sermos bons rapazes, e passarmos mensagens positivas fazendo a música que gostamos. Porque só fazemos e tocamos a música que amamos. Compomos como queremos, somos honestos com nossos ideais, sinceros com nós mesmos. Seria um desperdício tentarmos ser aquilo que não somos.
ÉPOCA - Você acredita em rock sem rebeldia?
Nick Jonas - Não temos esse problema, e acho que isso não tem nada a ver. Como disse, não é o rock que o define, e sim você mesmo.
ÉPOCA - Por que você e seus irmãos decidiram usar as alianças de pureza?
Nick Jonas - Prefiro não falar sobre questões pessoais. Queremos focar as entrevistas em nossas carreiras, na turnê e no disco.
ÉPOCA - Claro, mas essa é uma questão importante, até porque as alianças viraram um símbolo de vocês, uma marca, não?
Nick Jonas - Olha, essa é uma decisão pessoal, não acho que as pessoas devam usar se não quiserem. Não vou palpitar na vida dos outros. As alianças servem como um lembrete constante para vivermos uma vida com valores. Apenas isso.
ÉPOCA - Vocês estão namorando?
Nick Jonas - Como já disse, prefiro não falar sobre questões pessoais. Tentamos manter nossa vida pessoal o mais pessoal possível. Sabemos que nossas fãs entendem isso e gostaríamos que as outras pessoas entendessem também. Não gostamos de nos expor, e queremos ser notados por nossa música, não por nossas vidas particulares.
ÉPOCA - É verdade que vocês são viciados em trabalho?
Nick Jonas - (risos) Talvez sim... talvez sejamos um pouco workaholics mesmo. Mas adoramos trabalhar porque gostamos de fazer o que fazemos. Isso é a nossa vida, então não parece que estamos tendo trabalho fazendo música.
ÉPOCA - O que vocês fazem quando não estão compondo, atuando, gravando, dando autógrafos, lançando discos...
Nick Jonas - (risos) Não somos de badalar. Gostamos de ficar em casa, com a família. E de praticar esportes. Golfe, beisebol, basquete, todos os esportes bacanas.
ÉPOCA - Você é o principal compositor, faz a maioria das letras, toca os instrumentos. Você se considera o líder dos Jonas Brothers?
Nick Jonas - Não existe isso. Não há um líder, não há rivalidade, competição... Somos uma família, um time, unidos. Ninguém é melhor que ninguém.
ÉPOCA - O que vocês esperam dos shows no Brasil?
Nick Jonas - Nunca estivemos por aí. Acreditamos que os shows serão incríveis. As fãs brasileiras são apaixonantes. Sempre vemos comentários no MySpace, Facebook e Twitter. São tão calorosos! Isso faz a gente se sentir benvindo.
ÉPOCA - Conhecem alguma coisa do Brasil? Vão ter tempo de conhecer algo aqui?
Nick Jonas - Vamos tentar andar pelo Rio de Janeiro e por São Paulo, tentar ver a cidade, conhecer os lugares mais legais. Mas adoramos pão de queijo e coxinha. Queremos mesmo é comer essas comidas.
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